ENTREVISTA COM DOYKOD

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Doykod esta de volta e é uma das atrações do 10° Boqueirão festival. Para que possamos saber mais sobre o que os levou a para as atividades, os seus planos pra este retorno e mais detalhes sobre seu único álbum lançado a pouco mais de 10 anos o ate hoje muito comentado “Accept the New Order”, entrevistamos o Erik. Confiram...

1.           Pra começo de conversa me diga como que foi o tempo em que estiveram parados com a DOYKOD  e quis foram os motivos que os levaram a este período de descanso?

Foram muitos os motivos para a banda ter parado, eu saí da banda antes de paralisadas as atividades por completo. O conflito de ideias foi maior motivo para a banda ter “acabado”!

2.           Como foi recrutar os novos membros pra a volta da Doykod?

Eu e Alex somos amigos de infância e sempre tivemos uma afinidade musical muito grande. No tempo em que a Doykod parou, eu fiquei praticamente sem tocar, e isso me deixava inconformado. Então resolvemos, Eu, Alex e Marcelo Bahia (Ex. Helltracks e Pandora) a ensaiar nos fins de semana covers do Sepultura. Dane já era conhecido de Marcelo e então o convidamos também pra participar do cover do Sepultura. Depois de alguns meses ensaiando, naturalmente veio a ideia de voltarmos com a Doykod.

3.           Como é esta voltando com a banda depois de todo esse tempo parado e quais são os planos e projetos pra esta nova jornada?

Agora nosso foco é o “Boqueirão Rock Metal Fest”, e o Palco do Rock 2014, em sequência estamos preparando novas composições para o que virá a ser o novo álbum.

4.           Quais motivos os levaram a escolher o nome Doykod?

Na época o nome foi escolhido devido ao apelo sonoro e político. Muita gente treme só de ouvir esse nome, pois os fantasmas das atrocidades cometidas na ditadura por este órgão da repressão militar ainda vive no subconsciente do povo.

5.           A banda lançou o álbum “Accept the New Order” em 2002, como foi na época a divulgação e distribuição desta obra? Ainda é possível encontra este álbum?

Cara, o lançamento do álbum não poderia ser melhor! Agente tocou com duas das maiores bandas de metal do planeta. Kreator e Destruction, na melhor casa de show que tivemos aqui em Salvador, o Rock in Rio café. Tivemos muitas críticas positivas do álbum em revistas como Road Crew, o material foi para a Europa através da Maniac Records, mas os problemas com a banda começaram logo após o lançamento com a saída de Leandro Mattos (Baterista). Quem tiver interesse em comprar o álbum pode mandar uma e-mail para doykod1@gmail.com ainda temos algumas cópias.

6.           Na época este álbum os levaram a conseguirem boas conquistas no meio underground, me fale sobre estas e como que foi os momentos de composição e gravação deste?

Agente tava num ritmo muito louco. Tínhamos feito uma mini-tour com o Korzus aqui no nordeste e boa parte das músicas já estavam sendo tocadas. HerosTrench e Marcelo Pompeu (Korzus) acabaram apadrinhando nossa banda, fomos gravar no estúdio deles (Mister Som) em São Paulo no período do carnaval, e ficamos 4 dias alojados no estúdio pra gravar tudo.

7.           Poderia comentar cada uma das musicas falando sobre os temas que nelas tratam e de onde tiraram inspiração pra compô-las?

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Here do, Here Pay, foi uma alusão que fizemos sobre o nosso ditado “aqui se faz, aqui se paga”, o que fazemos tem consequências, quer queiramos ou não.

1932, conta um pouco sobre a Revolução constitucionalista, uma verdadeira guerra civil que aconteceu no Brasil.

Freedom of Expression, fala justamente sobre a ditadura militar, o AI-5 e sobre a importância da liberdade de expressão.

Sickness Disorder, fala sobre o clima de violência em que estamos vivendo. Essa música foi composta quando ocorreu a primeira greve da PM aqui na Bahia.

Meaning from Fate, é a pura história da colonização, em geral, os ditos “colonizadores” trazem o progresso e todo horror em consequência. Nossa economia é parasitada pois fomos constituídos por parasitas.

No Ground, conta o desespero dos nossos trabalhadores rurais, sem terra, para sobreviver.

Atitude e Ação, a única música em português do álbum e foi uma das mais aceitas pelo público, pois todo mundo quer fazer ou faz parte de um grupo e muitas vezes nos deparamos com “Pajés” que se acham no direito de ditar o que é certo ou errado, o que você deve fazer, como você deve ser, agir.

Backlands Hero, dá uma visão um pouco diferente sobre Lampião, o herói do sertão.

Drought, a primeira música composta por Alex para a Doykod, fala sobre a seca do nordeste que tanto maltrata nossa gente.

8.           No momento a banda esta em período de composição e gravação de seu segundo CD, como que esta sendo e o que vem por ai para os admiradores do trabalho de vcs?

Hoje estamos muito mais maduros e sabemos muito melhor que caminho seguir. As músicas estão fluindo naturalmente e todos estão participando diretamente do processo. Para você ter uma ideia, uma das novas músicas tem riffs de guitarra compostos por Marcelo Bahia (Baterista).

9.           Recentemente foi disponibilizada pra audição a musica “A Fé e a Busca”. Como que foi a resposta do publico para essa musica e o álbum novo pode vim composto por mais musicas em português?

Como disse anteriormente, a música “Atitude e Ação” teve uma aceitação muito grande no Acceptthe new order, então resolvemos adotar nossa língua mãe oficialmente em nossas composições. O álbum vai ser totalmente em Português.

10.        Qual a importância pra vcs de cantarem suas musicas na língua pátria?

Com certeza podemos nos expressar melhor, seremos melhor entendidos também, faço questão de uma ideia direta. Hoje existem muitas bandas de Metal/Hardcore aqui no Brasil, fazendo um som excelente e cantando em Português.

11.        Nas redes sociais vemos muita gente dizer que gosta de Rock/Metal, mais nos shows a realidade é outra. Qual a sua opinião sobre isso e o que dizer para esses que preferem ficar em casa atrás de um computador ao invés de ir aos shows, obter os materiais das bandas de sua preferência e ajudar o underground ser mais forte?

Hoje há uma gama muito grande de entretenimento, e é muito cômodo e muito fácil ficar em casa e ouvir/ver as bandas que gostamos pela internet. Mas a energia de um show, vendo a banda alí na sua frete é outra! Se você gosta das bandas do nosso underground compareçam aos shows deem o seu suporte. Sem público não há show, sem show não há bandas, sem bandas não há o que você ouvir/ver na internet. Você faz parte do underground e o underground precisa de você!

12.        Como tiveram conhecimento do festival e o que podemos esperam da apresentação de vocês no Boqueirão Rock Metal Festival e o que acham deste evento aqui no agreste/sertão baiano?

Conheci o festival pela internet. Sempre via o material de divulgação, as bandas e então após a volta da banda resolvemos que deveríamos tocar nele. Estamos preparando um show com muitas surpresas, se você gosta de thrash-metal então vai sair arrebentado.

13.        Bom é isso por agora. Obrigado e aguardo vocês aqui na 10° edição do B.R.M.. Deixe suas palavras finais e mensagem ao público.

Galera, estamos ansiosos para tocar aí em Cícero Dantas no Boqueirão Rock Metal Fest. Esperamos a casa lotada e iremos dar o máximo no palco, pra que todo mundo bater cabeça do início ao fim!

ESCUTE A PRÉ PRODUÇÃO DE UMA DAS NOVAS COMPOSIÇÕES DA DOYKOD: 

PAGINA DA DOYKOD: https://www.facebook.com/pages/Doykod/143518412461923?fref=ts

ESCUTE ALBUM DO DOYKOD NO MYSPACE: https://myspace.com/doykod


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Publicado em 7 de outubro de 2013, em ENTREVISTA e marcado como , , , . Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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